Seara da Canção: cultura viva do povo carazinhense


 

É com carinho que Maurício Silveira olha para as recordações que a música lhe proporcionou ao longo da vida. No local onde guarda essas relíquias, também estão marcas conquistadas no palco da Seara da Canção. Uma delas bastante significativa, afinal, o carazinhense de 72 anos compôs junto com Odilo Gomes a música Luas e Searas, vencedora da 8ª edição do festival, em 1988.

 

- A gente tem um carinho especial pela Seara e não tem como ser diferente. O sentimento também é de agradecimento porque foi o evento que proporcionou a nossa caminhada na música. Além disso, nas edições da Seara surgiram muitas músicas marcantes e esse é o legado mais importante do festival para o nativismo porque as músicas são eternas – comenta Silveira.

 

Além de um dos compositores, Maurício Silveira também participou de Luas Searas no palco, tocando contrabaixo. Além de vencedora do festival, a música também ficou em primeiro lugar na categoria contemporânea e na ocasião foi interpretada por Rui Biriva e Daniel Torres. “Essa é uma grata lembrança, de muita felicidade. Ver a aceitação que a música teve entre o público e os jurados é uma memória que nunca será apagada. Sou muito grato”, destaca.

 

O relato de Silveira é um exemplo das bonitas histórias que muitas pessoas da comunidade carazinhense possuem com a Seara. E essas lembranças vão ganhando cada vez mais força neste ano, afinal, 2022 marca o retorno da Seara da Canção. A 21ª edição do festival ocorrerá nos dias 25, 26 e 27 de novembro.

 

- Estamos trabalhando com toda a dedicação para o retorno da Seara da Canção. Todo carazinhense certamente tem um carinho especial pelo festival e esse forte vínculo da Seara com nossa comunidade gera uma expectativa cada vez maior para o evento – afirma Gustavo Weber, presidente da Associação Seara de Arte e Cultura Gaúcha.

 

Ajude a enriquecer a história da Seara!

Faltando cinco meses para o festival, a comunidade carazinhense e regional já pode entrar no clima de Seara de forma muito significativa. A Associação Seara e o Museu Olívio Otto estão unidos na busca de itens históricos sobre o festival.

 

Quem possuir discos, livros de edições passadas, fotos, recortes de jornal, peças de vestuário, crachás, vídeos, áudios, enfim, qualquer item relativo ao festival, pode doar espontaneamente ao Museu e assim contribuir para enriquecer ainda mais a linda história da Seara da Canção.

 

- É responsabilidade do Museu contar a história local e a Seara como um importante evento cultural da cidade merece que sua trajetória seja preservada. Temos um arquivo com todas as edições do festival e à medida que recebemos materiais relativos à Seara vamos enriquecendo cada vez mais o acervo de cada edição – explica Claudio Damião Braun, coordenador do Museu Olívio Otto.

 

Quem não quiser doar o material pode cedê-lo temporariamente para que o Museu faça a digitalização do arquivo. Atualmente, o Museu Olívio Otto está com uma exposição sobre a Seara disponível para visitação. “A Seara proporciona emoções positivas para a comunidade. A cultura transforma as pessoas e nos ajuda a entender melhor o contexto em que vivemos. Nesse sentido é fundamental a retomada da Seara da Canção”, acrescenta Braun.

 

21ª Seara

A 21ª Seara da Canção tem como objetivo um resgate às origens do festival e promete ser uma grande atração para o público. “Estamos seguindo nosso cronograma de trabalho e consolidando algumas questões de ordem burocrática para poder realizar o festival. 


27/06/2022